quinta-feira, 26 de maio de 2011

Fim de mais um dia.

Acordei cedo. Saí para fazer uns exames de rotina e voltei pra casa. Respondi e-mails e fiquei um tempo olhando pro vazio que esta casa parece ter às vezes.

Antes da consulta marcada para mais tarde, fiquei lendo uns textos e deixei a cabeça ficar do jeito que ela queria e insistia ficar há vários dias: vazia. Fazendo devaneios em situações tão sem cabimento quanto sem solução.

Twitter. Vício diário. Acabo de ver que alguém atualizou seu blog. O título da postagem me chamou a atenção. Antes de clicar já imaginava o que seria. E era.

No texto, alguns links que remetiam à postagens daquele mesmo blog em que ela contava um pouco de si. Os três links falavam de seu último relacionamento. Textos que contavam como tudo começou, o que veio a seguir e a situação atual desse relacionamento.

A sensação que tive ao ler o post principal foi doída. Uma palpitação acelerou meu coração e eu me sentia como uma criança que come um doce escondido, com a sensação de que, a qualquer hora alguém ia chegar e ver.

Mãos fechadas sobre a boca, tenho certeza que minha cara ficou pálida naquele momento. Eu descia a tela e, a cada frase, me sentia pior. Mal podia eu acreditar que aquilo que eu tanto temia estava acontecendo.
Torci tanto para que isso não acontecesse, tanto eu quis que a situação se restabelecesse. Não teve jeito. E a notícia veio para mim como uma bomba. Explodiu na minha mão.

O relacionamento dos dois terminou. E ela está ferida, logicamente. As mulheres sempre esperam o melhor dos relacionamentos. E espera, mais ainda, que eles se perpetuem.

Saí. Fui para a consulta e, na volta, parei num café perto de casa. Pão de queijo e achocolatado. Na playlist Fagner e Nando Reis com duas músicas que ilustram bem o memento. Tarde fria. As lágrimas vieram geladas e eu refleti (pela milésima vez) a respeito de tudo o que aconteceu e do que está acontecendo.

Até agora eu não sei qual a parcela exata de culpa que eu tenho. Mas tenho. E isso me dói. Dói principalmente por eu não saber o que fazer diante de tudo isso. Estou tão confusa diante de mim e de tudo que... Uma notícia dessa só me deixa num estado de confusão maior.

Angústia resume.

A última vez que nos falamos foi há dois dias. Ele se apresentou num estado reflexivo da própria vida. Afinal, a viagem foi pra isso, segundo ele. Me disse um pouco sobre suas decisões, o que me deu medo. Mas ao mesmo tempo, consegui ser racional e dizer o que eu diria para qualquer amigo: escolha o que é melhor para você. E de fato, quero mesmo que ele escolha o que é melhor pra ele.

Minha preocupação nisso tudo quando digo que tive medo, nada mais quer dizer que tenho medo de tudo que possa ter por trás uma culpa/responsabilidade minha. Desde que começamos a nos relacionar eu sabia (e falava) que qualquer decisão radical que ele tomasse ia ser vista ou como influência minha ou por minha causa.

Eu queria viver a loucura, fato. Toda a intensidade daquela paixão foi tão inexplicável e tão boa que, ficou na cabeça e me tirou a concentração por semanas. Mas pra mim, nada valia a pena se por trás tivesse culpa, medo, angústia.

Chega de complicações pra minha vida. Não quero complicações de graça. Não quero viver refugiada e com peso nas costas, com conta para pagar. Tentei fugir 2 vezes. Tentei. Sempre com este mesmo pensamento.

E agora não sei o que vai ser daqui pra frente. Não sei.

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Amendoando